terça-feira, 26 de agosto de 2008

fina garoa, fragmentada pelo tempo, diluida ao tocar o solo.....

VARAL DE CALCINHAS


Naquele dia

Viagem louca!

Varal de calcinhas roubadas,

de rendinhas, roxas, amarelas, vermelhas, branquinhas,

calcinhas introspectivas

Vejo-me saindo de um coquetel litúrgico regado a vinho lisérgico


Vejo-me dentro de um haicai pisando versos que estalam como folhas secas


Vejo-me em cores dinâmicas quando um velhote moribundo dá seu ultimo suspiro...


Vejo-me brincando de roleta russa com bêbados notívagos em pleno bosque londrinense


Vejo-me entre poetas vendendo sonhos e mentiras fragmentadas pelo odor da triste realidade...


Naquele dia

Viagem louca!

Varal de calcinhas roubadas,

de rendinhas, roxas, amarelas, vermelhas, branquinhas,

calcinhas introspectivas


Vejo-me na escadaria de um teatro espectro, latifúndio de espantalhos agonizantes...


Vejo-me em superfície marciana transando com ninfas venusianas dentro de um coco verde...


Vejo-me em europa caminhando sobre lesmas fastas vadias envolvidas pelo metano ...


Vejo-me apreciando o triste espaço de um corpo disperso, açoitado num calçadão por meninos de quixutes bits


Vejo-me agora em resquícios, podre corpo, em trevas, aceitando o beijo seco da solidão, numa noite cuspida por agouros de saudade.


Naquele dia

Viagem louca!!

varal de calcinhas roubadas,

de rendinhas, roxas, amarelas, vermelhas, branquinhas,

calcinhas introspectivas

Acorda maluco!

Acorda maluco!

Hein...


paladinoo